domingo, 12 de janeiro de 2014

Resoluções que nunca se resolvem

Tenho as minhas resoluções para 2014 feitas. Lista fechada, finito, não entra nem mais uma. Algumas resoluções são novas, dignas de um novo ano que começa e, que não sei bem porquê, não me inspira dessa forma tão sofrega que me obrigue a pensar num "livro de 356 páginas novas em branco para escrever o início do resto a minha vida". Que tipo de frases inspiradoras andam para aí a convencer as pessoas de que um livro em branco é o melhor que pode acontecer na nossa vida? Então e as memórias? E os erros que nos fizeram dar com o corpo todo no chão? E as delícias sensações que prometemos que voltaríamos a repetir? Deixemos as folhas em branco, já que estamos numa de ano novo, mais vale aproveitarmos as chavetas, as vírgulas e os parênteses da vida. 

Algumas das minhas resoluções são antigas, são tão antigas que me envergonham pessoalmente. É que é impossível que alguém tenha, durante tanto tempo, resoluções não resolvidas ou por resolver. Depois também começo a suspeitar que vão ficar ali para sempre, as resoluções na lista das resoluções não resolvidas de todos os anos novos que começo:

3 - pensar antes de falar SEMPRE
7 - saber dizer NÃO mais vezes

Esta é a resolução número 3 e número 7 da minha lista com 12 resoluções. E mesmo que eu saiba como isto destrói horas de descanso, de genialidade, de tempo livre, de sofá com pipocas e bom filme, de livros guardados e não lidos, c-o-n-t-i-n-u-o a não saber resolver as resoluções dos meus anos que começam. 

Este ano, estas duas resoluções, estão escritas em todos os dias da minha agenda. E não as quero na minha lista do ano que vem.